segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Dia dos Pais...

Todos os anos eu comemorei essa data com meu pai, sempre num almoço, eu e os irmãos (tenho 4) entregávamos os presentes e o enchíamos de mimos e carinhos. Mesmo tendo começado o post no passado, afirmo que no presente continua o mesmo "ritual". O que mudou então?
Marya Clara! Agora ela faz parte dessa comemoração. Isso me deixa num paradoxo de emoções, pois fico feliz que meu paizinho tenha todos os seus reunidos; mas fico triste por ela...
Gostaria do fundo do meu coração que ela pudesse ter um pai tão legal quanto o meu. E olha que meu pai nunca foi permissivo, liberal, nada disso! Com ele era tudo na linha dura! Hora pra chegar, pra sair, pedir a bênção nas horas santas, e tudo mais. Bronco que só ele, mas com um coração que nunca vi igual.
Me dói pensar que minha filha tem que se valer de outras figuras para ter a sensação de amor paterno... É triste não poder deixar ela participar das festas para o pai, porque ele não vem. Ele nem sequer liga ou faz menção de vir buscá-la para passar o dia com ele. Na verdade ele nunca veio buscar ela para passear, ou até mesmo passar um final de semana com ele, com a avó, os primos e tios... Infelismente elea priva desse convívio que é tão importante para os dois, por puro descaso, omissão.

Li o post da Luci sobre o dia dos Pais e me emocionei muito, pois eu gostaria que Marya tivesse ao menos a opção de ir ou não ficar com o pai nesse dia. Mas o que vejo é um homem egoísta, omisso, sem sentimentos para com uma criaturinha tão linda, tão meiga, tão amável que ele ajudou a fazer existir. Não uso o termo criar, porque nos separamos quando ela tinha um mês, e ele NUNCA se propôs a ser presente na vida dela. Ao contrário, fica posando de sentimental, dizendo aos conhecidos que tem saudade, que queria poder conviver mais com ela, mas TODAS as vezes que nos falamos eu eu sugeri que ela viesse ver a menina, levar pra passear, ou passar fim de semana, ele desconversou. Sempre está trabalhando demais, fazendo cursos demais, com tempo de menos...

No final do ano, ela vai se formar (antigo ABC), e com quem ela vai dançar a Valsa dos Pais? Com o avô (meu pai), o padrinho (meu irmão), ou o titio (meu marido)? Porque ela já me disse:  Não adianta chamar papai, que ele nunca vem mesmo...