sábado, 4 de dezembro de 2010

Um “Pai Nosso” diferente...

H: Pai nosso que estais no céu...

D: Sim, estou aqui.

H: Por favor, não me interrompa, estou rezando!

D: Mas você me chamou!

H: Chamei? Eu não chamei ninguém. Estou rezando. Pai Nosso que estais no céu...

D: Aí, você me chamou de novo.

H: Fiz o que?

D: Me chamou! Você disse: "Pai nosso que estais no céu". Estou aqui, como é que posso ajudá-lo?

H: Mas eu não quis dizer isso. É que estou rezando. Rezo o Pai Nosso todos os dias, me sinto bem rezando assim. É como se fosse um dever, não me sinto bem sem cumpri-lo.

D: Mas como podes dizer "Pai Nosso" sem lembrar que todos são seus irmãos? Como podes dizer "que estais no céu", se não sabe que o céu é paz, que o céu é amor a todos?

H: É... Realmente não havia pensado nisso.

D: Mas prossiga a sua oração.

H: Santificado seja o vosso nome...

D: Espera aí! O que você quer dizer com isso?

H: Quer dizer, quer dizer..., é... sei lá, faz parte da oração, só isso!

D: Santificado significa digno de respeito, santo, sagrado.

H: Agora entendi, mas nunca havia pensado no sentido dessa palavra... "Santificado"... Venha a nós o vosso reino, seja feita a vossa vontade assim na terra como no céu...

D: Está falando sério?

H: Claro, porque não?

D: E o que faz para isso acontecer?

H: O que faço? Nada, é que faz parte da oração e, além disso, seria como se o Senhor tivesse um controle de tudo o que acontece no céu e na terra também.

D: Tenho controle sobre você?

H: Bem, eu freqüento a Igreja!

D: Não foi isso o que perguntei. Que tal o jeito que você trata seus irmãos, a maneira como você gasta seu dinheiro, o muito tempo que você dá à televisão, as propagandas que você corre atrás e o pouco tempo que dedica a mim?

H: Por favor, pare de criticar...

D: Desculpe, pensei que você estava pedindo para que fosse feita a minha vontade. Se isso acontecer, tem que ser com aqueles que rezam, mas que aceitam a minha vontade, o frio, o sol, a chuva, a natureza, a comunidade, os amigos, os irmãos...

H: Está certo, tem razão, acho que nunca aceito a Sua Vontade, peço sol, reclamo do calor. Se manda frio, continuo reclamando. Se estou doente, peço saúde. Se me dá saúde, não cuido dela, deixo de me alimentar ou como demais...

D: Ótimo reconhecer tudo isso. Vamos trabalhar juntos Eu e você. Mas, olha: vamos ter vitórias e derrotas também. Eu estou gostando desta nova atitude sua.

H: Olha Senhor, preciso terminar agora. Esta oração está demorando muito mais do que costuma ser. Vou terminar: o pão nosso de cada dia nos dai hoje...

D: Pare aí, você está pedindo o pão material? Não só de pão vive o homem, mas também da minha palavra. Quando me pedirem pão, lembre-se daqueles que nem conhecem pão. Pode me pedir o que quiser desde que me veja como um Pai amoroso. Estou interessado na nossa próxima parte da oração. Continue...

H: Perdoa as nossas ofensas, assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido.

D: E o seu irmão desprezado?

H: Está vendo? Olhe Senhor, ele já me criticou várias vezes e não era verdade o que dizia. Agora não consigo perdoar. Preciso me vingar.

D: Mas, e a sua oração? O que quer dizer a sua oração? Você me chamou, eu estou aqui. Quero que saia daqui transfigurado. Estou gostando de você porque está sendo honesto. Mas, não é bom carregar o peso da ira dentro de você, não acha?

H: Acho que iria me sentir melhor se me vingasse!

D: Não vai não! Vai se sentir-se muito pior. A vingança não é tão doce como parece. Pense na tristeza que me causaria. Pense na sua tristeza. Agora, eu posso mudar tudo para você. Basta você querer.

H: Pode? Mas, como?

D: Perdoe seu irmão. Eu perdoarei você e te aliviarei!

H: Mas Senhor, eu não posso perdoá-lo!

D: Então, não me peça perdão!

H: Mais uma vez está certo. Mais que vingar-me, quero a Paz com o Senhor. Está bem, está bem. Eu perdôo a todos, mas ajude-me, Senhor. Mostre-me o caminho certo para mim e meus inimigos.

D: Isso que me pede é maravilhoso, estou muito feliz com você. Como está se sentindo?

H: Bem, muito bem mesmo. Para falar a verdade, nunca me senti assim! É tão bom falar com Deus... E não nos deixei cair em tentação, mas livrai-nos do mal.

D: Ótimo, vou fazer justamente isto, mas não se ponha em situações onde possa ser tentado.

H: O que quer dizer com isso?

D: Deixe de andar na companhia de pessoas que o levam a participar de coisas que não deve como intrigas e fofocas. Abandone a maldade, o ódio... Isso tudo vai levá-lo para o caminho errado.

H: Não estou entendendo!

D: Claro que entende! Você já fez isso várias vezes. Entra no erro e depois corre a me pedir socorro.

H: Puxa como estou envergonhado!

D: Você me pede ajuda, mas logo em seguida volta a errar de novo para mais uma vez vir a fazer negócio comigo!

H: Estou com muita vergonha! Perdoa-me, Senhor!

D: Claro que perdôo! Sempre estou perdoando quem perdoa também, mas não esqueça: quando me chamar, lembre-se da nossa conversa, medite cada palavra que fala. Termine sua oração.

H: Terminar? Ah sim, "Amém"!

D: O que quer dizer com AMÉM?

H: Não sei, é o que se diz no final da oração.

D: Você só deve dizer "Amém" quando aceita tudo o que quero, quando concorda com a minha vontade e quando segue os meus mandamentos, porque "Amém" quer dizer ASSIM SEJA, concordo com tudo o que rezei.

H: Senhor, obrigado por me ensinar.

D: Eu amo a cada um dos meus filhos, principalmente aqueles que querem sair do erro... Abençôo-te. Fica com a minha Paz!

H: Obrigado, Senhor! Estou muito feliz em saber que és meu amigo.

D: QUE ASSIM SEJA!

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Papo de mulher.

Assim como prometi, hoje iniciaremos um quadro de entrevistas em nosso bloguinho: Papo de mulher.
As entrevistas serão feitas inicialmente com pessoas que conheço e que são exemplos de mulher/mãe/amiga.

É uma honra ter como primeira entrevistada a minha querida Danielle Cristine. Que é um exemplo de garra, força e bravura, e que me mostra a cada encontro a alegria de viver.

Danielle tem 25 anos e há 3 anos teve sua vida transformada após uma ataque de cães da raça Pit Bull. Os cães atacaram seu irmão (de criação), e Danielle num ato de bravura salvou o irmão arriscando sua própria vida. Os cães desfiguraram cerca de 70% do rosto da jovem que esbanja charme e alto astral. Hoje ela leva uma vida corrida, formada em Zootecnia e pós graduada em Gestão de Qualidade e Segurança de Alimentos; Dani também é conselheira tutelar e está se preparando para casar com Sidclei Alves (beijos, maninho \o/). Administra também uma franquia de pizzaria aqui em Pernambuco.

Vamos à entrevista...


 

1. Como é adaptar seu padrão de beleza à sua realidade?
Bem... Acredito que a aparência influência sim no primeiro impacto, porém, depois que se conhece a pessoa se vê a verdadeira beleza dela. Então só preciso me adaptar para o primeiro impacto, que quase sempre não faço nada para que seja positivo, não sou muito vaidosa. (rs)


2. O que mais detesta quando as pessoas te olham?
Quando percebo que elas sentem pena de mim e ninguém é digno de pena, muito menos eu q sou muito feliz e saudável.

3. Vc faz piadas sobre sua aparência de forma natural, mas se irritaria se alguém as fizesse?
De forma alguma. Minha aparência não me incomoda de forma alguma, a não ser quando percebo que estou sendo discriminada por ela.


4. Qual a maior lição que vc leva de sua vida?
Que devemos viver a vida intensamente e deixar de se apegar a coisas fúteis, pois, de uma hora pra outra nossa vida muda e as vezes não temos a 2ª chance de viver como tive.
5. Como vc consegue administrar seu tempo sem culpa?
Não consigo administrar meu tempo, minha vida é uma correria uma loucura total. (rs)

6. Como vc pretende contar sua história para seus filhos?
Pretendo contar somente as lições que tive disso tudo, o sofrimento tento esquecer aos poucos e vejo necessidade deles saberem desta parte.

Quem quiser conhecer melhor a história da Dani, é só clicar AQUI e AQUI.


quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Hoje estou me sentindo cansada de tudo e de todos, até de mim... Estou me sentindo mal, sem vontade de fazer nada, só dormir. Quando estou assim tenho vontade de dormir para ver se acordo melhor. às vezes funciona, às vezes não.

Ontem tentei voltar a trabalhar. Fui bem desanimada e com vontade de desistir, mas no meio do caminho tive a ideia de conversar com o Luciano e ele conseguiu me acalmar. Acho que é isso que devo fazer, me unir às pessoas que possam me acrescentar algo e evitar as que me diminuem. Se eu puder mudá-las, melhor ainda! Mas agora tenho que me concentrar em ficar bem e só isso... Vou tomar um banho pra ver se melhoro. As pessoas que amo, não merecem que eu fique assim.

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Páginas de Vidas...

Acabei de lançar um bloco onde vamos ter entrevistas aqui no bloguinho. De início, vai ser mensal. Mas sou de lua mesmo... rs rs rs
Além de mim, existem várias mães por aí com histórias para contar...
Vai ser beeem divertido. Já estou preparando a primeira entrevista.

Beijocas mil

A formatura

Tanta promessa... Pra nada né... rs rs rs
Eu falei da última vez que vim, que iria escrever com mais frequência, mas cadê tempo? Trabalho... Faculdade... Artes... Marido... Filha... Família... Casa... AFF! Cansei só de pensar.

Hoje vim falar da formatura (ops... Cerimônia de Pequenos Leitores) da minha filhota.
A festança vai caontecer no dia 11/12, e pelo que já deu pra ver, vai ser um sonho!!! Tá tudo sendo preparado com tanto carinho, que dá gosto de esperar, e olhe que eu sou super-ansiosa.

O vestido dela vai ser feito à mão, e as lembrancinhas sou eu quem tá fazendo! Lógico né... Em casa de ferreiro... Na minha casa o espeto é de ferro mesmo! rs rs rs

Ai, tô tão ansiosa pra chegar logo o dia, pq tem um monte de coisinhas que são surpresa pra nós e pra eles tbm. Assim que tiver notícias, aviso à vcs.

Beijocas mil

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Dia dos Pais...

Todos os anos eu comemorei essa data com meu pai, sempre num almoço, eu e os irmãos (tenho 4) entregávamos os presentes e o enchíamos de mimos e carinhos. Mesmo tendo começado o post no passado, afirmo que no presente continua o mesmo "ritual". O que mudou então?
Marya Clara! Agora ela faz parte dessa comemoração. Isso me deixa num paradoxo de emoções, pois fico feliz que meu paizinho tenha todos os seus reunidos; mas fico triste por ela...
Gostaria do fundo do meu coração que ela pudesse ter um pai tão legal quanto o meu. E olha que meu pai nunca foi permissivo, liberal, nada disso! Com ele era tudo na linha dura! Hora pra chegar, pra sair, pedir a bênção nas horas santas, e tudo mais. Bronco que só ele, mas com um coração que nunca vi igual.
Me dói pensar que minha filha tem que se valer de outras figuras para ter a sensação de amor paterno... É triste não poder deixar ela participar das festas para o pai, porque ele não vem. Ele nem sequer liga ou faz menção de vir buscá-la para passar o dia com ele. Na verdade ele nunca veio buscar ela para passear, ou até mesmo passar um final de semana com ele, com a avó, os primos e tios... Infelismente elea priva desse convívio que é tão importante para os dois, por puro descaso, omissão.

Li o post da Luci sobre o dia dos Pais e me emocionei muito, pois eu gostaria que Marya tivesse ao menos a opção de ir ou não ficar com o pai nesse dia. Mas o que vejo é um homem egoísta, omisso, sem sentimentos para com uma criaturinha tão linda, tão meiga, tão amável que ele ajudou a fazer existir. Não uso o termo criar, porque nos separamos quando ela tinha um mês, e ele NUNCA se propôs a ser presente na vida dela. Ao contrário, fica posando de sentimental, dizendo aos conhecidos que tem saudade, que queria poder conviver mais com ela, mas TODAS as vezes que nos falamos eu eu sugeri que ela viesse ver a menina, levar pra passear, ou passar fim de semana, ele desconversou. Sempre está trabalhando demais, fazendo cursos demais, com tempo de menos...

No final do ano, ela vai se formar (antigo ABC), e com quem ela vai dançar a Valsa dos Pais? Com o avô (meu pai), o padrinho (meu irmão), ou o titio (meu marido)? Porque ela já me disse:  Não adianta chamar papai, que ele nunca vem mesmo...

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Volta Às Aulas

Segunda-feira (02/08) começou  segundo semestre de aulas da minha filha. Ela está no primeiro ano do Ensino Fundamental, nossa "antiga" Alfabetização. Me sinto uma velhinha com essa mudança rsrsrs.
Ela estava superansiosa e passou a semana inteira desejando que chegasse logo esse dia, querendo ver os amigos, a professora, estudar... Mas tava tão agitada, tão agitada... Aff!
Ainda bem que as aulas já começaram. No primeiro dia, ela queria levar algo pra dar à Tia Elaine; mas num tinha pensado em nada pra fazer ne daria tempo. Coloquei na bolsa dela uma barra de chocolate, e ela ficou radiante! Deu gosto de ver a felicidade estampada no rostinho da minha pequena.
Me lembrou da minha infância e me trouxe à mente uma pergunta:
Como duas pessoas que viveram em gerações diferentes podem ter atitudes tão iguais? Se ela ao menos tivesse me visto na infância, poderia afirmar que me copiava, mas essa teoria é impossível! E mesmo assim, parece que estou vendo um filme; parece que estou me vendo criança novamente...
Gostaria que esse momento ficasse registrado para sempre, que nunca tivesse fim.

sexta-feira, 30 de julho de 2010

Bom, uma coisa eu consegui ajustar...
Resolvi que vou mesclar aqui posts do passado e presente, alternando-os pra poder dar ao blog o sentido que eu quero e superi a necessidade de registrar todos os fatos anteriores.
Começarei com uma espécie de diário manual, e vou passando aqui aos poucos para "atualizar" o passado...
O presente, vou tentar sempre escrever o que sinto no momento, e creio que assim funciona melhor.

Mil beijos

quinta-feira, 29 de julho de 2010

Faz tempo que não posto nada aqui... Por pura falta de tempo!!! Mas vou ter que resolver e me organizar, pois segunda começas as aulas. As de minha filha e as minhas também! É isso mesmo, vou fazer enfim meu curso superior.

Assim que eu me organizar, venho atualizar as postagens!

beijocas mil

terça-feira, 8 de junho de 2010

Ops... Tem algo errado (parte II)

Quando minha tia Vânia e minha prima Suzana chegaram ao hospital, eu já estava com dores insuportáveis, chorando mesmo... Juli explicou a elas tudo o que tinha acontecido, e eu nem lembro mais o motivo nem o momento que Juli teve de ir. Tia Vânia foi à recepção saber o motivo da demora no atendimento; informaram que o obstetra de plantão estava chegando (de jegue rsrsrs ela me disse), que teríamos que aguardar. Ela se posicionou na porta da enfermaria e o primeiro médico que passou foi puxado pelo braço e trazido à minha cama.
- Doutor pelo amor de Deus, minha sobrinha já está aqui faz mais de uma hora e não foi atendida, nem transferida para um quarto (meu plano cobria apartamento), veja o que o senhor pode fazer. - entregou a ultrasom e o parecer do médico solicitando urgência.
Depois das perguntas de praxe, o médico me encaminhou para fazer outra ultrasonografia, desta vez no hospital. Fiz o exame e o toque,  e pela cara dos médicos deu pra entender que não era coisa boa. Voltei pra enfermaria. O médico pediu pra falar com minha obstetra, fiz a ligação e passei o telefone pra ele.
Com paciência ele me explicou que iriam fazer uma urocultura (exame de urina) para detectar a causa das contrações e que eu evitasse ao máximo fazer qualquer tipo de força. O que foi importantíssimo saber pois à essa altura eu já estava tentando fazer força para parir, queria que ela nascesse logo pra acabar com aquela dor.
 _Não faça força de jeito nenhum! Não é contração para parto!- a voz firme do médico me assustava mais ainda...
Depois do exame, seria levada para o apartamento; que estava sendo preparado para me receber, eu timha que tomar no soro uma medicação para diminuir as contrações, mas o soro era pra ser ligado à um aparelho elétônico que depois de instalado, não podia ser desligado para que eu fosse transferida até o apartamento.
Passou mais uma hora e nada de virem me buscar... E aquela dor insuportável...
Lembro de em um momento olhar para o lado e ver Suzana, que tinha apenas 11 anos na época, ajoelhada segurando o terço e rezando baixinho. Chorando. Aquilo me comoveu e o amor fraternal que sentia por ela multiplicou-se ao ponto de hoje nos considerarmos irmãs. E assim tratarei ela durante o restante desse relato.
Suzana não saiu do meu lado, enquanto tia Vânia ia num vai-e-vem sem fim. Enfermaria-recepção. Recepção-enfermaria. Já impaciente ela foi procurar saber porque estavam demorando tanto, se o caso parecia sério.
-O apartamento já está pronto? - perguntou à recepcionista
-Está senhora, tenha calma que estamos aguardando uma cadeira de rodas para transferí-la ao quarto...
Ela mal terminou e tia deu as costas e voltou pra ficar ao meu lado; esbravejando ameaçando processar o hospital caso acontecesse algo ao bebê. Em poucos minutos uma cadeira foi deixada próximo a cama que eu estava. Dessa vez foi minha irmã quem foi na recepção.
-Moça, a cadeira já está lá na enfermaria, minha irmã vai pro apartamento agora?
-Daqui a pouquinho, estamos aguardando um maqueiro para transportar sua irmã.
Suzana voltou para o quarto indignada! Quando contou à minha tia, ela não teve dúvidas: me fez sentar na cadeira de rodas, pegou os examens, pertences e foi me empurrando enfurecida pelo corredor do hospital; chegando na recepção, foi impossível não ver a surpresa no rosto da atendente...
-Qual é o quarto que ela vai ficar? - a voz da minha tia cortante como navalha
-Quarto 202... Mas a senhora não pode... - em vão a recepcionista tentou impedir minha tia de sair me empurrado hospital adentro. "O que não posso é deixar ela esperam mais um minuto!" gritou quando ntrou no elevador.
Chegando ao quarto, em pouco tempo as enfermeiras vieram fazer a medicação prescrita; que não surtiu muito efeito. Com toda essa confusão  eu nem chamei enfermeira nenhuma pra reclamar, liguei pra minha médica e minha tia falou com ela. Ela ficou sabendo do que ocorreu e ligou no mesmo instante para o hospital, falou com o obstetra de plantão (que nem tinha vindo ainda me ver) e fez nova receita, avisando que estaria lá em meia hora e queria que eu já estivesse melhor.
Quando Dra. Marta chegou, a medicação já tinha sido trocada por uma mais forte, a dor já estava mais suportável parecida com a que estava sentindo pela manhã e só então eu fiquei realmente sabendo o que estava acontecendo. Fui diagnosticada com infecção urinária, porém a causa da infecção era uma bactéria muito resistente que estava causando as contrações fortes. Realmente eram contrações semelhantes às do parto; com a diferença de que eu não possuía nenhuma dilatação. O motivo pelo qual eu não poderia fazer força era simples: como se tratava de uma gestação e a bactéria era muito forte e resistente forçar um parto poderia romper o tecido uterino ou da bexiga, e eu teri uma hemorragia interna que poderia afetar meu bebê. Também para proteger o bebê eu não poderia tomar os antibióticos necessários para combater a bactéria, e as contrações poderiam voltar mais fortes.
Passei três dias internada. Minha mãe só chegou no dia seguinte depois que tia Vânia ligou contando o meu estado. Foram três longos dias, tentando reduzir a zero as contrações... Quando recebi alta, Dra Marta receitou dois medicamentos que eu deveria tomar até a data marcada para o parto; que tinha de ser cesariana para não haver risco para mim ou minha filha. Fiquei triste mas me conformei, afinal ela estava bem. Para evitar as contrações eu deveria tomar os dois remédios: um para segurar a gestação até os nove meses e um antibiótico leve, dosagem para um bebê, para diminuir a atividade da bactéria, já que não podia combetê-la.
Eu tive que me instalar na casa de minha tia Vânia, pois morava longe (65 km do centro) e não podia pegar ônibus; a casa de minha mãe era de difícil acesso, dificultando minha locomoção, e a casa de meu pai muito cheia já que tenho quatro irmãos e sempre tem visita por lá. Eu deveria ter dois meses de repouso absoluto.

Graças a Deus tudo correu bem e minha filha pôde nascer com saúde e segurança. Tive contrações outras vezes mas nada muito intenso e preocupante, meu pré-natal deixou de ser mensal e passei a frequentar o consultório de Dra Marta semanalmente.
Toda essa aventura aconteceu no dia 06/01/2004, Marya Clara nasceu no dia 1º de março com saúde, e a recuperação da cirurgia foi ótima.

Ops... Tem algo errado (parte I)

Quando completei sete meses de gestação tudo estava bem; já tinha comprado o enxoval, já tinha lavado e passado tudinho (é muito gostoso), estava conseguindo trabalhar normalmente... Até que um belo dia...
Acordei de madrugada com uma dorzinha na barriga, parecia uma cólica sabe, mas um pouquinho mais intensa; virei várias vezes na cama até encontrar uma posição que me fosse mais confortável. Dormi sentada.
Pela manhã fiz tudo como de costume, me arrumei pra trabalhar, cuidei da casa, e a dorzinha de vez em quando ia e vinha, mas tudo bem suportável. Cheguei no trabalho, realizei minhas atividades como de costume, e contei pra minhas primas que estava sentindo um pouquinho de desconforto. Como já tinha acontecido de sentir algumas dores (sempre que me aborrecia ou ficava ansiosa) e algumas vezes eu ia ao hospital e não era nada, deixamos para lá.
 A dor foi ficando cada vez mais forte e frequente, e quando fui almoçar sentia a barriga ficando dura, doendo aí depois passava. Os meus primos (trabalhávamos juntos) começaram a notar meu desconforto e as meninas que já tiveram filho procuraram saber melhor sobre a dor. Contei como havia começado e que ao longo da manhã estava aumentando a intensidade e diminuindo o espaço entre uma e outra.
" Isso é contração! Será que vai nascer agora???" disse um prima.
Fiquei apavorada, e então fui falar com meu padrinho. Ele estava em reunião com alguns fornecedores e quando cheguei na sala, elles me olharam e disseram: O que vc tem, está pálida?
Expliquei o que estava acontecendo e fui liberada para ir à médica. Liguei para o consultório e ela me informou que estava saindo para fazer um parto de emergência. Contei o que acontecia e combinamos de eu ir ao consultório pegar a requisição para fazer um ultrasonografia. Dra. Marta me aconselhou a esperar a orientação do médico que faria o exame.
Começa a correria. Já era umas 16:00hs
Andei quase 1km até chegar na parada para apanhar o ônibus que passava mais próximo do consultório da Dra. Marta, o cobrador percebeu que eu não estava bem (a essa altura a dor estava ficando muito intensa) e quando pedi parada para descer do ônibus ele perguntou pra onde eu ia. Quando expliquei onde era o consultório, eu teri que andar mais uns 500m, ele desceu do ônibus comigo, parou um táxi e me deu R$10,00. Na hora da agonia, eu saí do trabalho só com o dinheiro da passagem... O taxista me levou até o consultório e o porteiro do prédio que já em conhecia, correu e me entregou a requisição do exame.
Pedi ao taxista para me levar à clinica onde fazia a ultrasom. No caminho liguei pra minha mãe pra avisar; mas como eu disse, já aconteceu antes de eu ter dor e não ser nada, ela não deu muita importância. Lembrei que teria que autorizar o exame para fazer, já eram 16:40hs. Liguei pra clínica; o médico já estava pra encerrar o atendimento, pedi para falar com ele e expliquei o caso, ele se dispôs a esperar. Liguei pra uma prima, a Juli e pedi pra ela ir para a clínica encontrar comigo e adiantar a autrização do exame, enquanto eu ia fazendo o procedimento. Quando cheguei ela já estava lá. Pedimos ao taxista que aguardasse. Entrei para fazer o exame e Juli foi correndo autorizar. Ao terminar, o médico disse: "Vá imediatamente para uma maternidade pois você está em trabalho de parto, mas sem dilatação alguma, não é normal." Ele explicou para Juli, o que devíamos fazer e nos indicou um hospital próximo; pediu o telefone da minha médica e quando saí de lá ele estava falando com ela.
No caminho à maternidade liguei pra minha tia Vânia e contei o que estava acontecendo e ela disse que iria para lá ficar comigo. Juli me acompanhou até o hospital, entrei logo pra enfermaria e ela foi dar entrada. Já era quase 18:00hs. Alguns minutos depois tia Vânia chegou e eu ainda estava na enfermaria e não tinha sido atendida por nenhum médico.

sexta-feira, 4 de junho de 2010

Cadê o papai?

Já contei em outros posts como pai de minha filha se mostrou ausente em diversos momentos de minha gestação. E não foi diferente depois que ela nasceu! Durante a gravidez, eu ficava me inventando mil desculpas para as atitudes dele, achava que no fundo ele não estaria preparado para a responsabilidade que viria; que quando Marya nascesse tudo iria melhorar, mas foi um ledo engano.
Desde o enxoval à tudo o que minha filha precisou ao nascer, fui eu quem deu conta da parte financeira. Quando engravidei ele trabalhava (tá bem que era só temporário, um bico) mas ao completar três meses ele me disse que tinha sido demitido. Fiquei preeocupada, mas pensei: dá-se um jeito! Mas que jeito? Ele passou a gestação toda sem trabalhar!!! Tive que arcar com aluguel e despesas de casa (pois fomos morar juntos, por opção dele), o enxoval da menina fui eu quem comprou... Lembro da minha felicidade por ter conseguido comprar tudinho, foi simples mas tudo bonitinho. Lembro também do desdém da parte dele quando me pus a mostrar peça por peça! Depois ele justificou dizendo que tinha ficado triste por não poder compartilhar na compra... Eu acreditei.
Só que tudo mudou quando Marya Clara nasceu. Acho que nem mudou tanto, mas comecei a ver o mundo com outros olhos, principalmente ele. Não tinha o menor cuidado com a menina (até tentou umas vezes), mas eu ficava pra morrer quando ele chegava sujo da rua e ia direto para o quarto, tirava as roupas suadas, cheias de peira e jogava lá no chão do quarto! Tinha uma tia cuidando de mim, que vivia reclamando dele e eu ficava toda sem jeito. Mas sempre arrumava uma desculpa...
Quando a menina completou usn 10 dias tivemos que nos mudar para outra casa, na mesma rua em que minha mãe morava, pois assim ficava melhor pra ela me ajudar a cuidar do bebê. Na casa em que nos instalamos (era de uma prima que não a usava), a água era de poço, mas com um pouco de ferrugem; todos os dias tínhamos que ir buscar água na casa de minha mãe para dar banho na menina, ferver as mamadeiras... Mas quem disse que ele tinha coragem de ir buscar? Eu ficava pedindo, pedindo, até que passava muito da hora de minha filha tomar banho e eu acabava chamando um garoto na rua pra ir buscar a água, e pagava por isso.
Acho que aí foi a gota d'água! Pois eu admito qualquer defeito numa pessoa, menos ser neglingente com uma criança.
Depois disso começaram as saídas... Ele dizia que sentia saudades da mãe, e ia pra casa dela passar o fim de semana; na segunda eu ficava sabendo que ele tinha saído pra farrear... Isso foi me tirando do sério sabe? Cada vez que ele vinha pra casa eu pensava: "Hoje eu me separo!" ; mas faltava coragem...
Só quando Marya Clara completou um mês, eu tive confiança para enfrentar tudo sozinha. Quando ele chegou, eu disse que queria conversar, e falei tudo o que estava engasgado, o mais calma possível. Disse que fosse embora de vez, que não estava dando certo, que se ele não tinha capacidade pra ser um bom pai pra minha filha, eu preferia ficar sozinha. E ressaltei várias vezes: "A gente tá se separando, mas a menina continua sendo sua filha. Venha visitar ela, sempre que quiser, quando ela estiver maiorzinha você leva pra passar fim de semana..."
Tudo parecia resolvido. Parecia! Porque ele só visitou a filha um mês depois e sumiu.
Por mais de três anos...

quarta-feira, 26 de maio de 2010

A criação desse blog

Hoje resolvi contar uma história diferente: A história desse blog; que ainda é um bebê e está em fase de construção... Como vcs devem saber, tenho uma filha que amo muito, a Marya Clara. E esse blog foi criado especialmente pra ela! Sim, pois sei que quando ela estiver uma mocinha vai querer saber muito sobre quando era pequena, então pensei "Por que não um blog contando as histórias mais importantes de nossas vidas?"
Com o blog ela vai poder conhecer muito do que se passou e ainda ver opniões de outras mães sobre o assunto. Então escrevo por ela e pra ela. Faço deste espaço também uma espécie de memória das coisa que me ocorreram.
Penso também nas amigas que já passaram, passam ou vão passar por experiências semelhantes, e muitas vezes não têm com quem desabafar, este espaço é nosso viu! Venham sempre que tiverem vontade. Sei que me dediquei muito pouco às postagens, já que minha meta seria 2 por semana; mas o tempo anda tão corrido e mal distribuído que fico meio perdida com os afazeres, o que deve se reequeilibrar em breve.

Quero também agradecer pelas duas indicações que recebi para concorrer ao Top Blog; fiquei muito lisonjeada e feliz! Não conclui minha inscrição pois não achei justo com os outros concorrentes, afinal como já disse não estou me dedicando muito e não me achei tão merecedora.
A meta agora é organizar minha vida, e me dedicar com mito amor à tudo o que faço, e quem sabe em 2011 eu não concorro com os dois blogues???

Beijocas mil no coração

sexta-feira, 21 de maio de 2010

O medo de perder minha filha (Parte II)

... Eu estava tão triste que nem tinha coragem de falar nada. Já entrei no consultório chorando com medo de confirmar o que a dra. tinha diagnosticado. Notando minha aflição o médico perguntou:

-Por que está chorando???
-Vou perder meu bebê...
-Quem disse isso?
-Minha médica.
-Olha Suzi eu não posso falar nada agora, tenho que ver seus exames; pra saber o que está acontecendo.

Entreguei a pasta com meus exames e ulta-sonografias. Ele abriu, olhou o que tinha e perguntou:

-Só trouxe esses?
-São todos os exames que fiz!

O médico me explicou que faltava uma série de exames que eu já deveria ter feito e perguntou o motivo de não ter feito ainda. Falou das vacinas anti-tetânicas, pressão, e muita coisa que eu nem sabia que uma gestante precisava! A médica que me atendia nunca tinha aferido minha pressão, nem solicitou esses exames: HIV, Sífilis, Glicose... Nem nunca tinha me dito que precisava tomar vacina...
Ele mediu minha altura, peso, perguntou da minha vida desde o nascimento até o dia anterior; olhou as ultra-sonografias, passou outra para comparar e  solicitou os exames que me faltava fazer. Então minha tia tomou coragem e perguntou:

-Dr. quais são as chances dela perder o bebê? (eu gelei de medo)
-As mesmas chances qeu tenho de que esse teto desabe agora! -respondeu sorrindo- Por que vc acha que vai perder seu bebê?

Contei sobre minha consulta há 3 dias, e ele ouviu atencioso. Com paciência de um pai ele me esclareceu:
-Suzi vc mede 1,63m; é sua primeira gestação, entendo sua aflição mas essa médica deveria ser processada! Você não vai perder seu bebê. Como vc vai ter 20cm de útero se vc tem estatura baixa? E outra coisa vc acabou de completar quatro meses! Ou essa médica está muito equivocada, ou eu não sei o que dizer sobre ela... Está tudo bem com vc e o bebê: desenvolvimento normal; tamanho, peso, está tudo ok! Agora vc tem que fazer esses exames que faltam e procurar um médico do seu convênio para contunuar o Pré-natal (ele estava me atendendo em uma policlínica, e não atendia particular pelo meu convênio). Ele me passou tudo o qeu eu deveria fazer para ter uma gestação tranquila, deixou telefones para contato caso eu precisasse, e me trouxe o que eu masi precisava naquele momento! A certeza de que estava tudo bem comigo e com minha filha! Depois, uma outra cliente médica me indicou uma obstetra amiga dela que me acompanhou durante o restante da gestação. A dra. Marta.
Continuei o acompanhamento direitinho, e tudo correu bem. Com alguns contratempos mas bem!

#Pena que por estar tão aflita eu não consiga me lembrar o nome do médico que me trouxe tanto alívio... Mas que Deus o abençõe muito por todo o bem qeu me fez!#

O medo de perder minha filha (Parte I)

Ainda lembro da ansiedade que eu sentia quando estava grávida. Tudo era motivo pra me deixar preocupada... Desde o enxoval, até os cuidados que eu teria com um ser tão pequeno e dependente. Acho que minha obstetra ficou tonta de tanta pergunta que eu fazia #oi dra. Marta#... Cada consulta era uma lista que eu levava com minhas dúvidas e opniões, e  ela sempre paciente (ops... a paciente era eu rsrsrs)esclarecia tudo!
Quando fiz o exame confirmando a gestação, fui a uma ginecologista/obstetra pedir que passasse a requisição, o consultório simples, numa casa com arquitetura antiga e rua tranquila me deram a sensação de conforto, após a confirmação decidi fazer meu Pré-natal com ela.
Eu já contei a qui que uma prima escondeu que estava grávida por cinco meses??? E ficou sem acompanhamento médico... Depois conto melhor essa história! Foi uns2 anos antes de minha gravidez e eu não quiz de jeito algum esconder, fui logo anunciando, procurando médico, pronta para que tudo corresse bem e uma gravidez tranquila; pena que não foi bem assim.
A Médica que me atendeu tinha entre 40 e 50 anos (não era nenhuma jovenzinha inesperiente... #sem preconceito#), um ar sério, e por ficar próximo ao meu trabalho, ficava mais fácil ir às consultas sem ter que faltar, então isso também pesou na decisão de ser acompanhada por ela.
Nas consultas ela perguntava se eu estava enjoando, coisa do tipo... Receitou Dramin B6, pois eu realmente estava numa fase em que não aguentava sentir cheiro de comida... andar de ônibus... Foi o que me segurou!
 foi solicitada quando eu tinha (segundo ela)18 semanas, próximo de completar 5 meses. Como em todas as consultas eu tinha ido sozinha, dessa vez não foi diferente... Ao chegar minha vez; entro no consutório, conversamos sobre a gestação; ela pediu pra eu deitar na maca; mediu a barriga de novo e auscultou os batimentos cardíacos do bebê...
Com uma cara mais séria e fria que a de costume ela falou:

"-Olhe minha filha, vc está com uma gestação de risco pois o seu útero não está crescendo o suficiente para acomodar o bebê.
-Como assim doutora??? Eu posso perder o bebê?
-Pode (respondeu seca)! Vc vai completar 5 meses em 10 a 15 dias e seu útero deveria estar com 20cm no mínimo, e está com apena 11. É humanamente impossível que seu útero cresca 9cm em menos de 15 dias. O bebê vai ficar sem espaço para se desenvolver e é bem provável que vc sofra um aborto espontâneo... #nunca vou esquecer esse diálogo#
-Mas doutora... O que eu faço? (perguntei já chorando, deseperada)
-Agora é só esperar..."

Saí do consultório desnorteada; era meu dia de folga e nem dava pra ir ao trabalho, pois estava fechado... Peguei o ônibus e voltei pra casa. Juro que nem lembro como cheguei... Um moto-taxista me viu chorando muito e me levou até em casa. Contei o que tinha acontecido e só conseguia chorar, pensando que tudo o que eu queria era que fosse mentira, que fosse um sonho! Passei duas noites sem dormir e faltei ao trabalho na terça.
Meu padrinho (dono da empresa) ligou pra saber pq eu tinha faltado e eu contei sobre a consulta aos prantos. Ela, que ajudou a me criar ficou preocupadíssimo e pediu pra me acalmar; em seguida minhas primas ligaram, minha mãe, todos me pedindo calma, pois eu não poderia ficar tão nervosa afinal estava grávida.
Algumas horas depois meu padrinho ligou novamente; tinha falado com uma cliente que é enfermeira e contou meu caso. Ela ficou indignada, pois jamais a médica deveria dar essa notícia sabendo que eu estava sozinha; e me pediu que fosse ao trabalho no dia seguinte (uma quarta-feira) que ela mesma me levaria a um médico amigo dela. Marcamos de nos encontrar no meu trabalho e de lá fomos ao consultório, que ficava num bairro próximo. Uma tia me acompanhou.

(continua)

quinta-feira, 20 de maio de 2010

E a chupeta??? O que fazer?

Eu vi uma reportagem domingo no Fantástico que muito chamou minha atenção.
Falava sobre o uso de chupetas e mamadeiras: Que esses ítens e mais alguns outros de plástico possuem um material tóxico e nocivo ao ser humano, principalmete aos bebês.
Na reportagem mostravam que no fundo dos produtos feitos com plástico têm um triângulo com um número qeu vai de 1 a 7. Se esse número for 7: Cuidado! Este objeto é feito com material tóxico.
O que fazer???
Ao contrário do que nos é muitas vezes ensinado; nunca esterilize a mamadeira (chupeta ou utensílio de plástico) com água fervente. Água fria e sabão bastam para a limpeza sem liberar tais substâncias. 
Mas isso vale apenas para os objetos que vc encontrar o numero 7 dentro do triângulo.
Estou repassando a informação para que nós mães evitemos cometer erros por falta de conhecimento.

Beijocas mil

quarta-feira, 10 de março de 2010

Decisões difíceis

Durante a gestação passei por várias fases e momentos, algumas tranquilas e outras bem turbulentas, mas de todas elas acho que a pior coisa é "desencantar"... Em todos os sentidos.
Quando estamos gerando um ser, nossa sensibilidade aumenta e nossa percepção do mundo também. Comeceia ver as coisas com outros olhos, que quando não estavam marejados e perdidos em lágrimas estavam atentos ao mínimo movimento e menor reação ao meu redor. Foi durante e após a gravidez que pude sair do mundinho imaginário no qual insistia em viver e conhecer a realidade dura como ela adora ser. Ser pisciana é fogo! rsrsrs
Me desencantei primeiro dos meus "heróis"; os quais pude notar que não eram tão corretosnem coerentes assim, talvez até nem tão humanos como pareciam ser... Depois descobri que meu príncipe encantado era um sapo!!! E o pior é que eu sabia disso o tempo todo!
Depois de tantas tentativas de convivência, com todas essas pessoas (que reconheço, em alguns momentos me valeram), descobri que chegaria em breve a hora de rumar nessa aventura sozinha. A primeira pessoa convidada a deixar o barco foi o pai de minha filha.
Admito tudo num homem, menos a hipocrisia para com os seus, pior ainda quando se trata de filhos. Se não querem se dar ao trabalho de serem responsáveis por uma vida tão indefesa, do que mais são capazes de neglingenciar??? Carinho, amor, atenção? Meu Deus muitos tiveram isso de sobra. Será que sobrou tanto que eles não conseguem passar adiante? Ou será que foi tão escasso que eles não têm a capacidade de fazer diferente??? Só sei de mim. E prometi a mim mesma que não seria capaz de impedir que minha filha sofresse um dia, mas jamais contribuiria com o sofrimento dela, nem deixaria que acontecesse a ela as coisas negativas que me aconteceram na infância. Eu estarei sempre ao lado dela defendendo-a como uma leõa defende suas crias.
Acho ridículo um homem ter a coragem de contribuir mensalmente com as despesas do ser que ajudou a gerar (ou até criar) com míseros R$60,00... Ou pior! Quando um valor próximo a esse fica acertado pro ambas aspartes diante de um promotor/juíz da infância que com toda a certeza sabe que esse valor não dá pra cobrir as despesas de um filho, mesmo que se calcule para ambas as partes! R$120,00???E quando sobra para os pais desse homem arcar com as consequências de atitudes que ele tomou sem a menor ajuda deles. Ao menos não lembro de nenhum homem que tenha precisado da presença dos pais para procriar... Pronto falei!
Foi e ainda é muito difícil na nossa sociedade ser MÃE SOLTEIRA, falo por experiência própria, e olhe que até bem pouco tinha uma situação bem avantajada comparada à outras mães solteiras da minha idade. Tinha um emprego com um salário rezoável, que dava suficientemente para sustentar a mim e minha filha, mas isso são outros quinhentos.
Procuro criar minha filha sem nenhuma mágoa ou rancor por não ter a figura do pai, mas confesso que é difícil. Principalmente por ela estar na terrível fase do por que. Ela faz cada pergunta complexa... E sai com cada uma... Hoje ela me disse que não ama o pai.
Perguntei o motivo e ela respondeu firme e seca:
Só devemos amar quem está no nosso coração e meu pai nunca está nem perto, quanto mais dentro dele.
Eu fiquei sem ação e sem saber o que dizer... Ela só tem 6 anos e já pensa isso? Seis anos completos dia 1 desse mês de março, e sabem quantas vezes o pai dela ligou ou esteve presente nesse dia? NENHUMA. Nem na pascoa, nem dia das crianças, nem natal, nem num sábado ou domingo qualquer... Falta de tempo? Ele não está trabalhando, ou pelo menos alega isso... Sei lá...
Infelismente não somos nós mães quem perdemos, e eu sinto muito por esses pais ausentes pois ainda não sei se descobriram um meio de voltar no tempo...

terça-feira, 2 de março de 2010

O tempo passa rápido... Até demais!

Parece que foi ontem... às 5:20hs eu já estava de pé, pronta para ir à maternidade, e depois de tanta espera eu poderia enfim ter minha pequenina em meus braços.
O mais engraçado é que nessa noite eu mal dormi. E num dos poucos cochilos que dei, sonhei com ela (não foi o primeiro sonho que tive assim) e dessa vez eu a vi perfeitamente, olhos, cabelos, boca, sinal de nascença na têmpora... ?!? Sinal de nascença?!? Pois é não pude conter a minha emoção quando a enfermeira colocou junto a mim um bebê lindo. Uma menina que mudou minha vida e que era igualzinha à do meu sonho.
Marya Clara...
Foi tudo o que lembro ter dito. 
E tê-la ali tão juntinho, tão linda, ao alcance de minhas curiosas mãos... Tateei todo o seu corpinho visualizando cada detalhe... Os dedos mindinhos eram meio tortinhos! Outras mães ficariam preocupadas mas eu não! Estava honrada! Eram iguais aos meus!!! Como pode hein! Características físicas a gente sabe que é genética... Trejeitos a gente sabe que é convivência. Mas, e as manias, as coisas que só fiz quando criança? Ela me repete em tudo.
Tem gente que diz que ela é minha miniatura e eu fico toda orgulhosa é lógico!
E minha amostra grátis completou 6 aninhos ontem! Olha aí como o tempo passa... Tá uma mocinha linda, sapeca, inteligente, etc... etc... rsrsrs mãe coruja é assim mesmo!

Filha, eu te amo muito e sei que você sente isso profundamente. E é assim que será sempre! Pois nosso amor não tem fim.

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Como contar que está grávida?!?

No meu caso deu trabalho. Não tinha apenas uma pessoa para contar, mas várias! E eu sabia bem o que iria ouvir, mas não podia fazer nada. Já estava feito!
As pessoas mais importantes, foram as que escolhi para contar primeiro: mãe, pai (o meu), pai (o dela), padrinho e madrinha (por quem tive muito respeito e consideração)... E com certaza, nenhum deles receberia a notícia com muito entusiasmo.
A primeira pessoa a quem contei foi minha madrinha; que na época tínhamos muita afinidade e era a pessoa em quem eu mais confiava. Meu plano de saúde estava uns dias atrasado e resolvi ir no trabalho dela pra conversar. Ela notou de imediato que algo estava acontecendo e perguntou logo o que eu queria contar pra ela. Era assim, ela me adivinhava... Repirei fundo e comecei dizendo que estava com um problema para resolver e que precisaria de ajuda.

-Grande ou pequeno?- ela perguntou
-Agora está pequeno, mas vai crescer muito...- respondi.
Pronto, não precisei dizer mais nada, ela perguntou se já tinha feito o exame, eu disse que não por conta do atraso no pagamento do boleto. Ela me deu o dinheiro e fiz o exame no mesmo dia.
A segunda pessoa a saber foi uma tia que amo muito e estava lá nesse dia.
-Meeeeeeeeeeeeu Deeeeeus...- foi a primeira reação dela e a segunda foi um abraço aconchegante que nunca vou esquecer (tia Vânia, te amo).

A terceira pessoa pra quem contei foi minha mãe; nunca tivemos uma relação muito boa e eu sabia que ela iria ficar brava quando soubesse mas ela tinha que saber. Dei a notícia no ônibus. Vê se tem lugar melhor? rsrsrs mas como eu sabia que ela ia me passar o maior sermão, reclamar, brigar, e mais, eu pensei que se contasse no ônibus ela não iria poder fazer isso (não na hora) e depois que ela estivesse refeita, a bronca viria mas em proporções menores...

-Mãe, tenho uma coisa pra dizer que a senhora não vai gostar...
-O que é? Fala logo que tu sabe que eu num gosto dessas coisas.
-Eu tô grávida e...
-VOCÊ NÃO TÁ NEM DOIDA!!! - ela nem deixou que eu terminasse e berrou.
-Mãe, fala baixo que a gente tá no ônibus...- eu sabia que ia ser assim (por isso o ônibus).
-Teu tio vai te matar... 

Essa foi toda a reação dela, e no nosso percurso de quase uma hora e meia até o trabalho ela ficou muda e olhando o vazio... E eu me sentindo cada vez pior...
A reação dela ainda foi tranquila perto do meu padrinho; ele que havia ajudado a me criar, me mostrando valores e princípios de um verdadeiro estrangeiro (ele é francês), não iria aceita que a "filha" dele, que foi criada para ser uma mulher de sucesso teria seu futuro desviado por uma gravidez que atrapalharia vida profissional, estudos e até um casamento promissor.
Eu não consigo lembrar bem como foi que eu contei ao meu padrinho, só lembro dele me dizer que o tinha decepcionado e que não era esse futuro que planejava pra mim, ele passou muito tempo chateado e sempre que surgia uma oportunidade ele comentava sobre minha gravidez, que seria uma criança cuidando de outra, e coisas do tipo. Isso durou por toda a gestação.
Já com meu pai foi diferente. Fui passar o domingo com ele e disse que queria conversar. Depois de almoçarmos ele me chamou no quintal e me perguntou o que havia.

-Pai, vamos ter que mandar o IBGE refazer a contagem. -ele ainda perguntou mas já sabia a resposta- o senhor vai ser vovô.

Daí em diante foi só confirmar com o exame e me preparar para o que viria pela frente. Um ano antes, minha prima engravidou e ficou com medo da reação da família, escondemos (nós primas já sabíamos) por uns cinco meses. Hoje me arrependo (e ela também) de ter guardado esse segredo, pois ela precisava fazer os exames pré-natais, foi uma agonia pra preparar enxoval, fazer um plano com parto parcelado, exames pra saber se o neném tava bem, acho que essa foi a maior loucura que fizemos.
Quis que comigo fosse diferente, comecei a contar não tinha nem três semanas (acho que foi medo), e assim pude me preparar para tentar ter uma gestação o mais tranquila possível (apesar de não ter tido muito sucesso) hehehe mas tudo o que passei valeu a pena pois minha florzinha já vai fazer 6 aninhos e nos amamos muito.


Imagem: http://www.crescer.com.br/

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

A descoberta

Deus me deu uma linda menina e hoje vou contar sobre quando descobri que seria mãe.
Tinha 19 anos na época e na verdade, não foi bem uma descoberta, mas uma confirmação. Sabe aqueles casos em que a mulher sente que está grávida, que tem um serzinho ali e que não precisa nem de exames nem de ninguém para dizer que sim porque ela simplesmente sente o que está acontecendo?!?
Pois eu achava que isso era coisa de novela, que não era possível, a menos que a gestação já estivesse avançada em dias... Mas foi assim que me aconteceu.
Eu senti. Eu sabia que estava grávida e tinha essa certeza em mim. Tanto que dei a notícia antes mesmo de fazer o exame. Minha família ficou preocupada pois eu era muito "demente"... rsrsrs Dormia muito, não tinha compromisso com nada, além de estudar e trabalhar... Adorava sair com minhas primas... Sem falar do futuro que "estaria comprometido" por um filho que não estava nos planos nem era o momento certo.
Mas eu estava feliz demais para me preocupar e nem me dai conta da maratona que estava por vir!
O mais engraçado era que eu já sabia também que estava à espera de uma menina.
Não tinha nem três semanas quando fiz o tal Beta HCG, e o resultado não foi outro: positivo.
Estava na casa de uma tia e minha mãe foi pegar o resultado do exame, ela ligou pra mim e confirmou tudo o que eu já tinha certeza (e ela esperança de que não fosse verdade)...
Ainda me lembro bem; ela saiu do laboratório com o exame e parou na primeira farmácia que viu no caminho. Pra quê? Pro farmacêutico ler o exame!
-Pode ir preparando o enxoval que a senhora vai ser avó!- Foi o que ele disse.
Estávamos ao telefone e deu pra ouvir...
Pronto, estava confirmado! Eu estava grávida.

foto:guianet.com.br