terça-feira, 8 de junho de 2010

Ops... Tem algo errado (parte I)

Quando completei sete meses de gestação tudo estava bem; já tinha comprado o enxoval, já tinha lavado e passado tudinho (é muito gostoso), estava conseguindo trabalhar normalmente... Até que um belo dia...
Acordei de madrugada com uma dorzinha na barriga, parecia uma cólica sabe, mas um pouquinho mais intensa; virei várias vezes na cama até encontrar uma posição que me fosse mais confortável. Dormi sentada.
Pela manhã fiz tudo como de costume, me arrumei pra trabalhar, cuidei da casa, e a dorzinha de vez em quando ia e vinha, mas tudo bem suportável. Cheguei no trabalho, realizei minhas atividades como de costume, e contei pra minhas primas que estava sentindo um pouquinho de desconforto. Como já tinha acontecido de sentir algumas dores (sempre que me aborrecia ou ficava ansiosa) e algumas vezes eu ia ao hospital e não era nada, deixamos para lá.
 A dor foi ficando cada vez mais forte e frequente, e quando fui almoçar sentia a barriga ficando dura, doendo aí depois passava. Os meus primos (trabalhávamos juntos) começaram a notar meu desconforto e as meninas que já tiveram filho procuraram saber melhor sobre a dor. Contei como havia começado e que ao longo da manhã estava aumentando a intensidade e diminuindo o espaço entre uma e outra.
" Isso é contração! Será que vai nascer agora???" disse um prima.
Fiquei apavorada, e então fui falar com meu padrinho. Ele estava em reunião com alguns fornecedores e quando cheguei na sala, elles me olharam e disseram: O que vc tem, está pálida?
Expliquei o que estava acontecendo e fui liberada para ir à médica. Liguei para o consultório e ela me informou que estava saindo para fazer um parto de emergência. Contei o que acontecia e combinamos de eu ir ao consultório pegar a requisição para fazer um ultrasonografia. Dra. Marta me aconselhou a esperar a orientação do médico que faria o exame.
Começa a correria. Já era umas 16:00hs
Andei quase 1km até chegar na parada para apanhar o ônibus que passava mais próximo do consultório da Dra. Marta, o cobrador percebeu que eu não estava bem (a essa altura a dor estava ficando muito intensa) e quando pedi parada para descer do ônibus ele perguntou pra onde eu ia. Quando expliquei onde era o consultório, eu teri que andar mais uns 500m, ele desceu do ônibus comigo, parou um táxi e me deu R$10,00. Na hora da agonia, eu saí do trabalho só com o dinheiro da passagem... O taxista me levou até o consultório e o porteiro do prédio que já em conhecia, correu e me entregou a requisição do exame.
Pedi ao taxista para me levar à clinica onde fazia a ultrasom. No caminho liguei pra minha mãe pra avisar; mas como eu disse, já aconteceu antes de eu ter dor e não ser nada, ela não deu muita importância. Lembrei que teria que autorizar o exame para fazer, já eram 16:40hs. Liguei pra clínica; o médico já estava pra encerrar o atendimento, pedi para falar com ele e expliquei o caso, ele se dispôs a esperar. Liguei pra uma prima, a Juli e pedi pra ela ir para a clínica encontrar comigo e adiantar a autrização do exame, enquanto eu ia fazendo o procedimento. Quando cheguei ela já estava lá. Pedimos ao taxista que aguardasse. Entrei para fazer o exame e Juli foi correndo autorizar. Ao terminar, o médico disse: "Vá imediatamente para uma maternidade pois você está em trabalho de parto, mas sem dilatação alguma, não é normal." Ele explicou para Juli, o que devíamos fazer e nos indicou um hospital próximo; pediu o telefone da minha médica e quando saí de lá ele estava falando com ela.
No caminho à maternidade liguei pra minha tia Vânia e contei o que estava acontecendo e ela disse que iria para lá ficar comigo. Juli me acompanhou até o hospital, entrei logo pra enfermaria e ela foi dar entrada. Já era quase 18:00hs. Alguns minutos depois tia Vânia chegou e eu ainda estava na enfermaria e não tinha sido atendida por nenhum médico.

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